Liturgia

"A Comunhão de Vida e Ação proposta a nós por Jesus tem seu ponto alto na celebração Eucarística. Somos um povo convocado pela palavra de Deus, a viver nos acontecimentos do dia a dia, a esperança da Salvação. Por isso, apesar de nossas diferentes situações, nos reunimos cada Domingo para partilhar nossas experiências de vida e testemunho de fé vividas ao longo da semana. A Pastoral Litúrgica é o modo de organizar a comunidade, visando à formação litúrgica, à preparação e à realização de celebrações."

 

A Liturgia é a vida da Igreja. Ela nos faz experimentar e vivenciar o amor de Deus Pai, revelado por Jesus Cristo, alimentado pela ação do Espírito Santo e cultivado na comunidade eclesial.

Na Liturgia vemos e encontramos Jesus Cristo: celebramos a sua morte e ressurreição e nela mergulhamos sempre mais. Com ele ressuscitamos para a Vida. Conseqüentemente, na celebração da Liturgia está a fonte da missão e a experiência profunda de nossa adesão e seguimento ao projeto do Reino.

Assim sendo, a Liturgia é (e deveria ser sempre!) o momento alto e significativo na caminhada das comunidades e dos cristãos. Envolve a pessoa. Dá um sentido para a existência e dinamiza a nossa solidariedade e carinho para com todos, sobretudo com os pobres e sofridos de nossa sociedade.

Para tanto, a celebração litúrgica requer que seja bem preparada: um dos melhores segredos para o encontro vivo, verdadeiro e pleno com Cristo, nosso Caminho, nossa Vida, nossa Ressurreição e Salvação, ponto de encontro com o Pai e os irmãos.

Nessa perspectiva, em 1963, em pleno concílio Vaticano II, a Igreja, manifestando seu “ardente desejo” de promover a ativa participação do povo na Liturgia (um direito e dever de todos!), pediu que se cuidasse com carinho da formação litúrgica em todos os níveis (cf. SC 14-20).

Mais de 40 anos já se passaram e constatamos que a formação litúrgica do Povo de Deus continua sendo o grande e permanente desafio para as equipes de Liturgia e para a pastoral paroquial e diocesana. Nem sempre conseguimos celebrar bem o Mistério Pascal de Cristo, acontecendo na história e em nossas vidas. Nem sempre temos celebrações litúrgicas de boa qualidade teológica, espiritual, ritual, pascal, comprometedora e missionária à altura e os animadores e as comunidades, conscientes destas dificuldades, vêm pedindo mais e mais formação e orientação.

Muitos cursos e encontros de formação litúrgica foram realizados no Brasil nestes anos todos, em resposta a estes desafios. Mas não foram ainda suficientes para atender às justas solicitações de uma multidão sempre mais sedenta. Ademais, nem todos tiveram condições de participar de encontros de estudo sobre o sentido e o alcance da celebração litúrgica na vida dos cristãos e da Igreja.

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