JUBILEU DE OURO DAS SERVAS DA CARIDADE
No dia 10 de junho deste ano, durante a missa das 19h30min, teve início em nossa paróquia, o ano jubilar em comemoração aos 50 anos da presença das Servas da Caridade no Brasil. Uma linda história de amor e serviço aos irmãos, seguindo os passos de sua fundadora Santa Maria Crucifixa di Rosa, mantendo acesa a chama da caridade e amor gratuito ao próximo, servindo aos pequeninos e humildes.
Em 10 de junho de 1963, depois de quinze dias num navio, desembarca em Santos, seis Irmãs precursoras de uma longa e emocionante narrativa. Foram elas: Madre Anna Maria Martorano, Madre Giuseppina Costolucco, Irmã Amábile Guarnieri, Irmã Elisa Pezzotti, Irmã Marcelina Cadei e Irmã Lorenzina Prestine. Uma família religiosa, que escolheu o Brasil como o primeiro país para levar adiante o trabalho abençoado de sua congregação. País este, marcado pelo contraste de suas riquezas naturais com a desigualdade social, país com a maioria católica, mas que precisa de evangelização, enfim, revelando uma grande missão a ser realizada por essas Irmãs.
Como o próprio nome já diz: "servas", onde se estabeleceram juntamente com a chegada de outras Irmãs, desempenharam o papel de servir em hospitais, asilos, creches, escolas, entre outros. Tudo isso em sintonia com as obras paroquiais, na catequese e na comunidade como um todo, para que em cada serviço, o amor de Cristo fosse revelado.
SERVAS DA CARIDADE EM MORUNGABA
Difícil é falar das Irmãs e de um jeito ou de outro, não se emocionar. Quem teve a felicidade de conviver com elas, sabe do que estou falando. Presenças marcantes em tantos momentos de nossas vidas, de nossa comunidade.
Tudo começou em janeiro de 1965, quando chegaram a Morungaba as primeiras Irmãs, a pedido de então padre Monsenhor Honório. Vieram algumas e com elas o ideal de colaborar para uma vida melhor.
Trabalharam na área educacional: escolinha infantil da Vila São Benedito, no jardim de infância São Cristóvão (que saudade!), no CESC (Centro Educacional Servas da Caridade) e hoje realizam atividades no “Canto da Vida”, buscando um equilíbrio para se viver melhor e em harmonia com Deus. Além disso, estão presentes nas atividades pastorais junto às comunidades.
Muitas Irmãs passaram ou ainda permanecem aqui, realizando a missão a elas confiadas. São elas as Irmãs: Luisinha, Menezilda, Pedra, Stefânia, Cândida, Sueko, Carmelisa, Nilma, Teresa, Aparecida, Rute, Cristina, Daniela, Solange Moreira, Solange Ramos, Geane, Juliana, Madre Carmela Zaninoni e as que agora estão na casa do Pai: Irmã Amélia, Irmã Marcelina, Irmã Carmela Bonassi e Adriana Sogliani.
Por: Thais Pelisson Frare de Godoy
Abertura do Ano Jubilar, dia 10 de junho de 2012
"Ao final da Santa Missa de domingo à noite, na Matriz, dia 09 de junho, as Irmãs Servas da Caridade receberam uma justa homenagem pelo Jubileu de Ouro da Congregação 'Servas da Caridade' no Brasil. Após a leitura de uma mensagem todas foram agraciadas com flores sob os acordes da melodia 'A Estrada', música esta, própria da Congregação.
A todas o nosso caloroso abraço".
Felipe C. Rasmussem
Servas da Caridade
Inspirado no modelo de fé, doação e entrega da Santa Maria Crucifixa Di Rosa, nasce o fruto de seu testemunho cristão: as Irmãs Servas da Caridade, dando continuidade assim aos passos do carisma de sua fundadora, que é até hoje, a prestação da caridade ao ser humano em toda a sua dimensão.
Seu carisma responde aos apelos de Cristo, em diferentes partes do mundo: Itália (1840), Croácia (1852), Brasil (1963), Alemanha (1970), Equador (1984), Ruanda (1992) e Burundi (2002). “Jesus merece em todos os tempos e em todos os lugares, ser amado e servido.” (Santa Maria Crucifixa Di Rosa)
O serviço de suas Filhas se estende onde quer que a humanidade as chame: assistência paroquial e catequética, assistência educativa elementar, assistência moral: casas da providência, assistência nas casas de repouso e ao domicílio para os mais necessitados. Todo esse trabalho é compartilhado com os leigos, que se empenham em viver o carisma da caridade ao lado das Servas da Caridade, através do aprofundamento da vida com Deus, no espírito de oração e na prática acolhedora.
Em nossa querida Morungaba, elas estão presentes há 45 anos realizando inúmeras atividades. Na área educacional atuaram de 1966 até 2005, deixando doces lembranças nos corações de várias gerações. Atualmente participam da Pastoral da Saúde, Pastoral Vocacional, Pastoral Familiar, Pastoral da Catequese, Ministério de Canto, Ministério da Eucaristia, Equipes de Nossa Senhora, comunidades paroquiais, pertencem a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus e no “Canto da Vida”, trabalham com terapias alternativas buscando um bem estar físico, mental e espiritual: “curar o corpo, pra se chegar à alma.”
Toda a comunidade católica agradece o privilégio de poder conviver com pessoas tão especiais, que com muito amor e dedicação contribuem na edificação de um mundo melhor, seguindo os ensinamentos de Cristo. As Servas da Caridade fazem parte da nossa história construída ao longo desses anos.
Santa Maria Crucifixa di Rosa, a santa fundadora
“Portanto, com o amor tudo sofrerei, tudo farei e tudo vencerei.” - (Santa Maria Crucifixa Di Rosa)
No dia 6 de novembro de 1813 em Bréscia, nasce Paula, filha do nobre Clemente Di Rosa e da condessa Camilla Albani de Bergamo. Ainda criança fica órfã de mãe, sendo confiada às religiosas pelo pai. E é nesse ambiente propício à espiritualidade e paz que Paula se sobressai, demonstrando seu caráter piedoso e firme. Aos 17 anos retorna à família, revelando um coração sensível e generoso, e ao mesmo tempo perspicácia e inteligência.
Mesmo vindo de uma família rica, opta por uma vida humilde e de oração, consolidando-se na profissão religiosa, em que assumirá o nome de Maria Crucifixa, e na devoção ao Espírito Santo, à Eucaristia e ao Sagrado Coração de Jesus.
Em 1838, surge uma epidemia de cólera e Paula com seu espírito de caridade, assiste e conforta os doentes, iniciando um processo de amadurecimento de sua alma, num serviço incansável de doação. E é nessa mescla de entrega e solidariedade, que Cristo lhe inspira a fundar um instituto religioso. E assim as aspirações foram criando formas e, em 1º de maio de 1840, Paula e suas companheiras dão nome ao sonho: “Servas da Caridade”, que é sinônimo de: servas, empregadas, escravas da caridade, congregação esta que alimenta até hoje os ideais de Paula.
“As almas fortes não deixam que os ideais se apaguem em esperas inúteis”, era o que dizia.
Em 15 de dezembro de 1855, com 42 anos a alma da Irmã Maria Crucifixa vai ao encontro de Cristo. Houve o processo de beatificação pela Igreja Católica, e em 12 de junho de 1954 é proclamada Santa Maria Crucifixa di Rosa, intercedendo por nós junto a Deus na realização dos milagres.
Que Santa Maria Crucifixa Di Rosa, seja um modelo para nós, através de sua fé, doação e perseverança, revelados pela força da oração. Virtudes essas que todos nós cristãos batizados, devemos ter presentes em nossas vidas, na busca incessante da santidade em meio às fragilidades humanas.
Texto: Thais Pellison Frare de Godoy
Fonte de pesquisa: Livro “Santa Maria Crucificada Di-Rosa” Dom G. Battista Bosio
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Trindade Infinita, louvor a ti cantemos
